Sem pensar na regulariza​ção fundiária nós vamos ter grande dificuldad​e de desenvolve​r a Amazônia

O deputado Miriquinho Batista – PT/PA – participou de audiência pública na Comissão da Amazônia, Integração e Desenvolvimento Regional (CAINDR) nesta terça feira, com o tema “ A aplicação do Programa Terra Legal”. Miriquinho parabenizou a iniciativa de solicitação de audiência pública, disse que é interessante este debate, enfatizou as diferenças geográficas da Amazônia em comparação com outras Regiões, suas peculiaridades, as distâncias de uma moradia de outra e a forma como as políticas públicas podem alcançar todos os ribeirinhos. Miriquinho acredita que o primeiro passo é a regularização fundiária, ele disse que:

“...as pessoas que vivem lá não estão lá há 12 anos, estão lá através de gerações e gerações e não tem a posse da terra, esta política é uma política fundamental da visão de quem quer desenvolver, quem quer crescer, não só o agronegócio mas também o pequeno produtor que não teve a sua terra regularizada, é preciso resolver isso, eu sou filho de produtor rural,meu pai a vida inteira não teve sequer a terra legalizada, e essa terra ele nasceu lá, veio inclusive do meu avô e agora que chega o processo de regularização.

É fácil resolver as coisas na Amazônia? Claro que não! Diversidade, falta de política voltada para Amazônia, infelizmente só se olhava a Amazônia no que ela poderia produzir ou com aquilo que ela tem, imagine o que nós temos de produção, só na área agrícola, imagine o que nós temos. Ao longo da vida sempre foi assim, e o Terra Legal é tentar regularizar a vida daquele que nunca teve a oportunidade de ser regularizado. Vamos pensar aqui, o Congresso Nacional está discutindo a divisão do estado do Pará em Três Estados e a principal cidade se houver a divisão é Marabá. A área urbana de Marabá se quer é regularizada, quantos anos tem Marabá? Por que não fizeram? Qual a política de interesse que tinha ali? É necessário fazer este tipo de reflexão.

O quanto é importante e evidentemente esta num processo de caminhar, porque é novo! E ai é preciso perceber essa importância, se alguém quiser pensar na Amazônia tem que pensar na regularização fundiária. Sem pensar na regularização fundiária nós vamos ter grande dificuldade de desenvolver a Amazônia...”